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Saudades, amor e memórias

Hoje, 30 de janeiro, é dia da saudade, então vamos falar um pouquinho mais sobre essa emoção. Para começar: O que é saudade?
Muitas vezes nós reprimimos o sentimento de falta, mas por quê? Sentimos saudades daqueles que se foram, aqueles que seguiram um caminho diferente, aqueles que estão longes… A saudade nada mais é do que uma vontade de voltar para uma memória boa. Às vezes, condicionamos esse sentimento como se fosse negativo, mas não é
É bom relembrar, contemplar a beleza da vida e dos bons momentos com aqueles que amamos e que amávamos. O amor está nas memórias e pequenos detalhes que nos remetem a pessoas especiais para nós, ainda que elas não estejam ao nosso redor
Vinicius de Moraes diz que nossos sentimentos são eternos enquanto durem. Somos os sentimentos que relembramos. Assim como todos os outros, a saudade é momentânea e importante. Reprimir a saudade é só intensificar ela, precisamos nos permitir sentir, chorar, independente pois somos humanos. Se não deixarmos a água passar, ela nos carrega. Vamos contemplar o belo e fazer de cada momento uma experiência especial. Abrir nossos corações e deixar as emoções passarem por nós sem nos levar
Registrar momentos bons e relembrar deles, ainda que tenham chego a um fim, é importante para nossa saúde mental, para nos sentirmos acolhidos. Hoje, no dia da saudade, lembre daqueles que você já amou, ama e amará por muitos e muitos anos
E sabe aquela pessoa que você já está morrendo de saudade, mas não vê faz tempo por conta da correria da rotina. Marque um encontro e celebre o amor entre vocês (vale também via FaceTime). Compartilhe com elas tempo, sentimentos e leveza, ouça-as e deixe que elas te ouçam... Preste atenção em cada segundo com quem é especial para ti e registre essas pequenas ocasiões para relembrar quando sentir falta
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure
Soneto de Fidelidade, Vinicius de Moraes
Que a saudade não seja apenas ausência, mas a prova viva de que vivemos momentos que valeram a pena — e que ao lembrarmos, possamos sentir alegria pelo que foi, amor pelo que é, e propósito pelo que ainda virá
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